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Porque o Brasil não produz startups de 1 bilhão de dólares?

Pela segunda vez me deparei com a lista do Wall Street Journal das startups mundiais avaliadas em mais de 1 bilhão de dólares. E pela segunda vez fiquei decepcionado – o Brasil não consta na lista.

Aqui segue a lista (OBS: escrevo esse artigo em 21/4/2014, então não se espante se alguma entrar e/ou outra sair da lista):

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Antes de endereçar a questão do porquê não tem nenhuma empresa brasileira na lista (nem sul americana, nem latino-americana!) vamos olhar os dados mais no detalhe.

Das 46 startups, 36 ficam nos EUA, 7 na China e 3 na Europa. Isto é 78% das startups de mais de US$ 1 bilhão ficam nos EUA, 15% na China e 7% na Europa.

A soma dos valuations das startups da lista é de US$ 129 bilhões, com 72% disso com as norte-americanas, 20% com as chinesas e 8% com as europeias. O valuation médio das startups nos EUA é de US$ 2,59 bilhões; na China é de US$ 3,64 bilhões e na Europa de US$ 3,47 bilhões.

Do total de US$ 17,8 bilhões de funding que todas as startups da lista receberam, na média, startups norte-americanas recebem US$ 355 milhões em 5,4 rodadas de investimento. Montante parecido com a Europa, (US$ 352 milhões) só que, nessa região são distribuídos em 7,7 rodadas em média. Já na China o investimento médio é de US$ 570 milhões em menos rodadas, 3,8 em média.

A maioria das empresas foram fundadas na década passada, sendo que nos EUA a idade média das startups é de 7 anos, 10 anos na China e 8 na Europa.

Classificando as empresas por tipo, chegamos a algumas conclusões interessantes:

E-Commerce ainda é sexy na China e na Europa mas atrai atualmente poucos empreendedores e investidores nos EUA. Na China 48% do valuation está distribuído em 42% das startups de e-commerce. Nos EUA, 7,3% em quase 14% das startups de e-commerce.

Hardware é na China: 39% do valuation total está em 14% das startups que produzem hardware. Nos EUA a relação é quase 1:1 (na casa dos 16% para cada critério).

Nem Europa nem China tem algum player relevante atuando em marketplaces mas nos EUA o setor é extremamente atraente com 23,5% do valuation total em menos de 14% das startups.

Software também está em voga nos EUA, com 41% do valuation total. Na China é menos de 4%.

Observação importante, há regiões que ficam under the radar até que negociações são realizadas, com valores que por vezes superam bilhões de dólares. É o caso cada vez mais comum de Israel – Whatsapp comprado pelo Facebook por US$ 19 bilhões é um caso recente.

Infelizmente, estar under the radar não é o caso do Brasil. De fato, não possuímos nenhuma empresa cujo valor de mercado seja 1 bilhão de dólares ou mais. Temos alguns players caminhando para isso, como o Hotel Urbano, Dafiti e Netshoes. Mas isso é pouco, muito pouco para um país que detém a 5 maior população de internautas do mundo e o 7o maior PIB mundial.

O grande case latino americano é o Mercado Livre, uma empresa originalmente argentina, que consolidou o mercado de leilões na América Latina e fez um IPO nas Nasdaq. Durante o mesmo período da consolidação do Mercado Livre, tivemos a trajetória do Buscapé, talvez o nosso maior case. Tenho muito orgulho de ter participado dessa história, mas lamento profundamente que não tenham surgido dezenas de outros Buscapés de lá para cá. O Buscapé foi vendido em 2009 por cerca de US$ 340 milhões de dólares e o Mercado Livre hoje tem valor de mercado de US$ 4 bilhões…

Mas afinal, quais são os motivos para que o Brasil não tenha nenhuma empresa nessa lista de startups bilionárias? Eu tenho algumas hipóteses, que construí através dos meus quase 14 anos nesse mercado.

O empreendedor brasileiro tem pressa para fazer seu pé-de-meia. Crescemos com muita incerteza e não resistimos a uma oferta de compra quando ela pode significar um colchão financeiro relevante. Garanto que se o Facebook fosse feito no Brasil, o Zuckerberg o teria vendido na primeira vez que o oferecessem um cheque de US$50 milhões.

Para se inovar de fato, é preciso arriscar. E para arriscar é necessário investimento alto ou com retorno longo e incerto. O investidor no Brasil tem um ambiente muito inóspito por si só e não suporta mais risco. É como se risco fosse uma escala numérica, e o investidor tipicamente aguenta, digamos, risco 10. Nossa economia já responde por 5, então os outros 5 são insuficientes para setores realmente inovadores e que dariam mais frutos benéficos para o país.

Se por uma lado o ambiente macroeconômico representa um risco elevado, o governo ainda compete com as startups pois oferece retorno alto com pouco risco (via títulos da dívida).

Temos uma indústria de venture capital nascente. Tivemos uma euforia de 2010 até 2012 mas normalmente temos apenas meia dúzia de fundos ativos no país. O desequilíbrio entre demanda por investimento e oferta faz com que a balança pese para o lado do investidor, que consegue negociar condições muitas vezes leoninas com os empreendedores. Já vi muitos contratos no qual o investidor tem drag-along sobre o empreendedor, e quando chega a hora de desinvestimento do fundo (quando tem que fechar o fundo e remunerar seus cotistas), vende a empresa e carrega o empreendedor junto. Como esse período de desinvestimento não necessariamente é o ponto ótimo para o empreendedor, o futuro do negócio pode ser abortado antes do seu ápice.

As startups precisam de diversas rodadas de investimentos durante sua vida. Cada rodada tem um tamanho e um investidor certos. É o que se chama de stage financing. No Brasil, temos pouquíssimos investidores anjo, o tipo de investidor que financia a primeira etapa das startups, aquela em que o negócio começa a rodar.

Nos EUA, a grande parte dos investidores anjo é composta por empreendedores e ex-empreendedores. Gente que fez dinheiro construindo empresas e que agora apoia outros empreendedores. Aqui, como há poucos casos de sucesso, há poucos empreendedores e ex-empreendedores de sucesso que poderiam virar anjos.

Nos EUA, há toda a cultura de se distribuir valor entre os funcionários das startups, que recebem stock options. Com a startup se valorizando, muitos se beneficiam. Estes funcionários beneficiados passam a ter recursos para abrirem suas próprias startups e/ou serem investidores-anjo de terceiros. Aqui no Brasil, normalmente o funcionário não quer stock option e valoriza apenas o salário (talvez pela pressa de fazer o pé-de-meia como explicado acima…).

Não existe empresa limitada de fato no Brasil. Se a empresa falir, há enorme risco dos passivos serem cobrados dos empreendedores e dos investidores. Nos países sérios as coisas são bem separadas e os sócios só são chamados a cobrirem os passivos das empresas quando há fraude comprovada. Esse risco adicional afugenta empreendedores e investidores.

O arcabouço tributário brasileiro é um grande entrave. Fora o fato de termos muitos impostos (sem contrapartida adequada, diga-se de passagem), o sistema é super complexo. Temos dezenas de impostos e obrigações de fiscalizar nossos fornecedores (quando recolhemos seus impostos). É tudo algo impensável para as startups dos EUA. O regime Simples seria interessante, no entanto não funciona para startups pois os investidores, via de regra, são institucionais – e é proibido para empresas que escolhem o Simples terem sócios institucionais.

Os encargos trabalhistas se enquadram no arcabouço descrito acima. Fora os funcionários receberem 13,3 salários anuais, as startups ainda tem pesados encargos CLT em cima. Novamente, essa carga tributária é impensável nos EUA.

A universidade brasileira é descolada do mercado. Temos grandes pesquisadores e uma produção acadêmica grande. Podemos nos perguntar se a quantidade de trabalhos científicos significa qualidade dos trabalhos e minha opinião é que não – haja vista não termos nenhum Nobel até hoje. Independente da discussão da qualidade, a verdade é que poucos negócios saem das universidades, se compararmos com os EUA, por exemplo. La há o que é chamado de spin-off, isto é,empresas que são formadas dentro das universidades, muitas vezes com professores na sociedade (algumas vezes com a própria faculdade), como foi o caso do Google, só para citar um exemplo. Aqui, spin-off é tratado como um tabu na academia.

Como falei, essas são minha hipóteses. Sei que há exceções e sei que as hipóteses podem ou não serem comprovadas. Por isso acredito que é muito importante para o país que estudemos a fundo nosso mercado. Só assim poderemos entender quais as reais causas do nosso insucesso e como poderemos incentivar o empreendedorismo de alto-impacto, que é um dos maiores geradores de renda. Estudos apontam que cada trabalhador de startup gera 5 empregos diretos e indiretos nos EUA, apenas para dar uma ideia de como essa riqueza se espalha por toda a economia.

Justamente diagnosticar nosso mercado e propor melhorias foram meus motivadores a participar do programa REAP (Regional Entrepreunership Acceleration Program) ministrado pelo MIT. Integro um time heterogêneo, com representante de diversos setores como Academia (Alex Lucena – PUC/Rio), Corporações (Felipe Herrera – Miguel Neto e Herrera Advogados), Investidores (Antonio Botelho – Gávea Angels e Guilherme Cohn – Confrapar), Governo (Augusto Raupp – Secretaria de Ciência de Tecnologia do Estado do Rio), empreendedor (eu, Gustavo Guida Reis – HelpSaude.com, Bondfaro/ Buscapé). Selecionamos o estado do Rio como piloto e, durante os 2 anos do programa, traremos soluções para aprimorarmos o empreendedorismo tecnológico da região, que depois tem tudo para serem aplicadas nas demais regiões do Brasil.

Ainda buscamos patrocinadores para viabilizarmos nossa participação no programa. É um trabalho pro-bono, onde os integrantes não são remunerados, mas precisamos pagar o MIT e cobrir custos de transporte para os workshops. Quem quiser colaborar, por favor entre em contato.

 

[UPDATE / ERRATA]

O Alan Meira me alertou e que usei o exemplo equivocada do startup israelense. A Whatsapp é americana e seu fundador Ucraniano. De qualquer modo, o racional que Israel está sendo bem sucedido e procede.

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É Público ou Não?

De nada adianta um computador sem propósito para utilizá-lo, sem programas nem acesso a dados de modo a se aproveitar a capacidade de processamento para realmente produzir algo.

Há poucos dias, o governo do Reino Unido demonstrou compartilhar deste pensamento e estreou uma iniciativa audaciosa, patrocinada pelo próprio inventor da internet, Tim Berners-Lee: um portal que centraliza os dados do governo britânico – data.gov.uk. A administração Obama também caminha para democratizar o acesso a informações e lançou recentemente um portal semelhante ao britânico (Data.gov). O mote utilizado é “Transparência, Participação, Colaboração” e traduz perfeitamente o objetivo proposto.

Por trás de ambas as iniciativas está o desejo de democratizar o acesso a informações e oferecer subsídios para indivíduos e empresas desenvolverem soluções a partir de tais informações. Com efeito, já começaram a aparecer no Reino Unido sites como o Fill That Hole (fillthathole.org.uk), que incentivam a população a denunciar vias cujo asfalto está deteriorado. Desconheço o modelo de negócios da empresa por trás do site e isso não vem ao caso no momento, o que importa é que, com iniciativas desse tipo, os cidadãos ganham em serviços que o governo não proveria por falta de foco ou prioridade.

No Brasil, o governo não compartilha a visão dos países citados acima e, salvo raras exceções, ainda trata informações públicas como se fossem suas, não enxergando que, nas mãos de pessoas e empresas criativas, tais informações gerariam frutos e benefícios para toda a sociedade. Um exemplo claro dessa visão retrógrada é a base brasileira de CEP, nas mãos dos Correios. Qual o grande segredo que impede que empresas tenham acesso gratuito e irrestrito a todos os endereços brasileiros?

Apesar das dificuldades, empresas e instituições conseguem romper as barreiras e prestar serviços à sociedade. É o caso do Transparência Brasil, que consolida informações dispersas e provê um verdadeiro mapa da corrupção nas mais diversas esferas governamentais. Outro exemplo é o site Help Saúde (helpsaude.com) – uma ferramenta de busca que lista gratuitamente todos os prestadores de serviços médicos do Brasil. Parte das informações foi adquirida do site do Ministério da Saúde, mediante um software específico de captura que demandou seis meses de desenvolvimento da equipe.

Não são todas as empresas com conhecimento e perseverança para perseguir uma ideia e conseguir implementá-la como foi o caso. Isso resulta num prejuízo incalculável à sociedade, que deixa de se beneficiar com serviços semelhantes que não chegam nem a nascer devido às dificuldades de acesso a informações do governo, informações essas que deveriam ser de fato públicas.

Matéria publicada no O Globo de 1/2/2010

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Economistas na Internet

Illustration by S. Kambayashi for The Economist
Ilustração de S. Kambayashi para a The Economist

Google e Yahoo! estão cheios de economistas

Você sabia que o renomado economista norte-americano Hal Varian é o Economista-Chefe do Google? Para começo de conversa, provavelmente você, como eu, nem sabia que existia esse cargo. Pois é, atrás do poder do Google existe muita teoria econômica. Se quiser saber mais, leia esse post e se aprofunde sobre o Googlenomics.

Qual a formação do presidente do Yahoo! América Latina? Economista. Guilherme Ribenboim além de gente se graduou na PUC como eu e quando fazia mestrado foi meu monitor e depois professor. Bons tempos…

Primeiro contato com a internet

Quando entrei na faculdade em 1995, jamais imaginava que faria carreira na internet. Aliás, a internet comercial na época estava engatinhando. Me lembro que no primeiro período, para dar subsídios a uma pesquisa para um trabalho de grupo, utilizei minha conta na Compuserve, acessando via RENPAC a 14.400 kbps. Resultado, mais de 100 dólares de conta que algumas pessoas do meu grupo se recusaram a pagar. Minha primeira experiência mais intensa na internet me deu um prejuízo alto para a época, mas me mostrou que a rede não era só para brincadeira e que havia todo um conteúdo que poderia nos servir e ajudar. A propósito, tirei 10 no trabalho.

Ainda assim, mesmo sabendo que fatalmente utilizaria a internet como fonte de pesquisa, só imaginei que ganharia dinheiro com a rede depois de me formar. Em 1999, no auge da bolha, meu sangue empreendedor entrou em ebulição. Juntamente com conhecidos, começamos a conversar sobre idéias e possíveis projetos. Desse longo e duradouro brainstorm, fomos descartando os projetos que necessitavam de muito investimento e acabamos focando em pure players. Você deve estar se perguntando o porquê do título desse artigo e agora começará a entender.

Um pouco sobre a teoria econômica

Como economista, me fascina o poder de abstração dos modelos teóricos. Para realizar os estudos, frequentemente isolamos as causas a fim de focarmos nos objetos dos estudos. A teoria funciona perfeitamente se “tudo mais for constante”. A analogia perfeita é um mapa. O mapa nada mais é do que uma simplificação da realidade. Diminuímos seu tamanho, retiramos elementos desnecessários, focamos nas ruas e o fazemos em 2-D. Imaginem um mapa realístico. Seria uma verdadeira cópia da realidade e impossível de ser consultado, concordam?

O problema é que algumas das premissas que utilizamos na economia são um pouco forçadas. A principal é que os agentes são racionais. Como bem identificou Paul Krugman os agentes não são 100% racionais, o que explica o surgimento de bolhas especulativas, euforias e efeitos-manada. Outra premissa forte é que os mercados são realmente competitivos. Essa premissa é mais debatida e já possui uma enormidade de teorias relacionadas.

Varejo offline versus e-commerce

No varejo tradicional (brick and mortar), sabemos que há concentração de mercado e que há alguns outros fatores que não apenas os preços que fazem o consumidor escolher essa ou aquela loja para realizar suas compras. O marketing tem forte atuação e o Ponto tem enorme peso – por comodidade, às vezes escolhemos comprar numa determinada loja, mesmo sabendo que pode não ser a opção mais vantajosa.

Mas no varejo online (e-commerce), apesar de todas as lojas estarem a um clique de distância, ainda assim não necessariamente os consumidores escolhem a loja que comercializa com o menor preço o produto que estão buscando. Novamente o marketing se faz presente e influencia o consumidor.

Bondfaro, a origem

Do brainstorm, chegamos ao Bondfaro – um site de pesquisa de preços. A grande motivação do produto foi justamente eliminar as imperfeições do mercado e extrair dinheiro nisso. Somente na internet é possível criar um banco de dados completo, que lista milhares milhões de produtos de lojas online, permitindo que consumidores façam pesquisas de preço instantâneas e assim tenham nas mãos as informações para realizarem uma compra consciente. No longo prazo, tudo mais constante, o aumento do uso de sites de pesquisa de preços força uma queda nos preços dos produtos, na medida em que estimula a concorrência das lojas ao cortar grande parte do apelo de marketing. Numa simples ordenação de preços, uma loja papai-mamãe pode ter mais destaque que um grande magazine.

O negócio deu tanto certo que, apesar do estouro da bolha, cresceu e se tornou um dos maiores destinos do e-commerce brasileiro após a compra de um dos maiores concorrentes em 2005. Em 2006, promovemos a fusão com o Buscapé e com isso consolidamos a posição do último como o maior intermediário de comércio eletrônico da América latina.

Help Saúde, na mesma linha do Bondfaro mas um pouco diferente

O Help Saúde tem como objetivo atuar em outro mercado totalmente diferente e tem como objetivo primordial intermediar a relação entre profissionais de saúde e pacientes. Analogamente ao Bondfaro, no Help Saúde os usuários não pagam para acessar o site e as receitas são provenientes dos profissionais de saúde.

Os sites de pesquisa de preços atuam como mais uma forma de divulgação para as lojas. Têm como competidor qualquer outro canal de propaganda como o Google (AdWords), e veículos de mídias mais tradicionais (TV, jornais, etc). Na prática, ao planejar uma campanha, as lojas distribuem a verba entre todas as possibilidades. X% em internet, Y em TV e por aí vai. Na verba de internet, um pedaço vai para os sites de pesquisa de preços.

O Help Saúde precisa entrar num passo anterior no mercado de saúde. Precisa primeiro oferecer uma presença na rede para os profissionais de saúde. Pesquisas indicam que a maioria dos pacientes já utiliza a internet como fonte para aprendizado sobre doenças, sintomas. Em outras palavras, o paciente já está na internet e chegou antes dos profissionais de saúde.

Concomitantemente ao colocar profissionais de saúde na web, o Help Saúde se torna um portal que concentra tráfego de pacientes interessados em saúde. O site é, em outras palavras, um grande market place onde prestadores de saúde e pacientes se encontram. Os prestadores apresentam quais serviços oferecem e os pacientes buscam os serviços que mais se aproximam as suas necessidades.

A grande vantagem de ser um market place é que a gestão da presença online torna-se acessível aos profissionais de saúde. Sem precisar gastar muito (tanto tempo como dinheiro), o prestador passa a ter um site com tráfego garantido. É como se terceirizasse suas campanhas de marketing, já que o Help Saúde já conta com uma estratégia ativa de marketing para seus clientes.

Lutando contra outra imperfeição do mercado

Vamos pegar o exemplo de um médico recém formado. Depois de um vestibular (ENEM) difícil, e uma faculdade também puxada, o profissional cai num mercado de trabalho altamente disputado. Para iniciar sua carreira e se divulgar, o recém-formado, via de regra, precisa se associar a um plano de saúde. Desta forma é assegurado um fluxo de pacientes em seu consultório, no entanto isso implica em receber um valor baixo por consulta realizada (cerca de R$30).

E qual a razão para tantos médicos se associarem diariamente aos planos de saúde mesmo recebendo tão pouco por consulta se compararmos com a consulta normal? Porque não há alternativa no mercado para prestadores se divulgarem. Em outras palavras, o mercado está totalmente desbalanceado a favor dos planos de saúde. O Help Saúde vem a, justamente, dar outra opção aos profissionais de saúde, sobretudo aos recém formados, para que alcancem os pacientes sem precisarem abrir mão do seu valor de consulta.

Mas não pense, leitor, que os planos de saúde são nossos inimigos. Seria uma estratégia muito míope tentar brigar com essas empresas estabelecidas. Na verdade, o que o Help Saúde faz é atingir os profissionais que não foram seduzidos pelas propostas dos planos de saúde e que, portanto, não se tornaram associados. Além disso, mesmo já sendo credenciado a algum plano, o profissional se interessa a aumentar seu fluxo de pacientes. Do lado do plano de saúde, o Help Saúde é mais uma forma de divulgar seus associados, aumentando a satisfação de seus clientes. Afinal, utilizar o Help Saúde é muito mais fácil que procurar naquele livrinho que você nunca encontra ou mesmo usar os sites dos planos de saúde, né?

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